Na sociedade do descartável, consumimos com a voracidade das feras que desconhecem o porvir.
Não mais se trata da velha questão do ter sobre o ser, o ter venceu, por mais que os homens de boa vontade relutem em aceitá-lo.
Mas antes que pudesse desfrutar os
louros da vitoria, foi também o ter sobrepujado, rápidas que estão as coisas,
pelo ato. O simples ato de consumir, mais que efêmero, desprovido de objetivo, alheio ao ter e
desconectado absolutamente do ser.
E junto com o consumir vem
necessariamente o descartar. Acostumamo-nos a descartar, transpondo o ato para
a vida, para os sentimentos, para as pessoas...
Quando não as compreendemos, as
descartamos.
Quantas pessoas já descartamos na vida?
Talvez seja o momento de refinar e
purificar o sentimento de confiança e descobrir até onde podemos ir sem julgar!