quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A FELICIDADE – por Roberto Pompeo – 23/01/2012 – Curitiba


A sociedade de hoje nos cobra, um pouco por permissividade nossa, e muito pela idolatria de falsos ícones, um desempenho assombroso (ou na linguagem pós-pós-moderna importada, uma performance), quase impossível para a esmagadora maioria dos mortais.
Temos que ser simplesmente excelentes! Não excelentes em alguma coisa,  excelentes em TUDO. Temos que ser profissionais geniais, maridos e esposas exemplares, expertos em relacionamentos de todas as naturezas, grandes oradores, ótimos pais, ótimos filhos, ótimos irmãos, grandes amigos. Além disso, temos que ser lindos, magrinhos, ricos e felizes.
Já nascemos com algumas dessas cobranças (só muda que como bebês temos que ser lindos e gordinhos), outras vão-se agregando. É muita cobrança!
Tiremos um pouco desse peso dos nossos ombros. Sejamos simplesmente bons. Miremos metas realizáveis. O mundo se servirá bem melhor com milhares e milhões de seres humanos realizados porque são bons, do que com milhares e milhões de pessoas frustradas porque alguém lhes disse, mentindo, que são fracassadas por não serem excelentes.
E os excelentes, bem, que continuem assim e sejam éticos o suficiente para ajudar mais gente a ser simplesmente boa e se sentir feliz com isso.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

DICA DO DIA: "Z" OU "S"?

Muitas vezes nos assola a dúvida cruel: como se escreve este verbo? É com "z" ou com "s"?
Simples. Se tiver "s" no substantivo, o verbo se escreve com "s". Se não tiver, se escreve com "z".

Por exemplo:
1) análiSe = analiSar;
    paraliSia = paraliSar

2) agilidade = agiliZar;
    mobilidade = mobiliZar

Se você não se lembra como se escreve o substantivo, aí o jeito é consultar o dicionário, o que não é vergonha alguma, pelo contrário, mostra humildade e vontade de aprender.
Sugiro http://michaelis.uol.com.br/. É prático e resolve essas questões simples.

Espero que a dica tenha sido útil!
Abraços.

PS.: aguardo as perguntas e dúvidas

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

LÍNGUA PORTUGUESA

Bom dia a todos!
Nossa língua é riquíssima, possui o mais amplo leque fonético dentre as línguas latinas, é suave aos ouvidos e é profícua na poesia.
Mas isso tudo vem acompanhado de muitos detalhes e sutilezas difíceis de ser apreendidos.
Entretanto, é muito importante que mantenhamos a unidade (ainda que na diversidade) e a riqueza do nosso idioma. Não podemos deixá-lo empobrecer pela nossa incapacidade ou desídia.
Assim, buscando dar uma modesta colaboração, inauguro aqui no blog um forum para esclarecimento de dúvidas quanto ao uso, tanto escrito quanto falado, da língua portuguesa.
Abraço!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

QUAL O SEGUNDO MAIOR MEDO DO SER HUMANO? RESPOSTA.

FALAR EM PÚBLICO. Sim, estatisticamente, o maior medo ainda é o medo da morte. E o segundo maior é falar em público.
Evidentemente que nem TODAS as pessoas terão medo da morte, ou que nem TODAS as pessoas terão medo de falar em público. Mas muitas terão.
Pretendemos aqui ajudar a estas últimas a conviver e dominar isso, e quem sabe se tornar bons oradores.
Quanto ao medo da morte, já é tema para as religiões ou filosofias, mas também podemos conversar sobre o assunto, por que não?
Abraços a todos e bom domingo!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

DIA DESPEDAÇADO – Roberto Pompeo – 31/10/2011

Dia despedaçado...


Palavra desperdiçada...


Coração amordaçado...


Salto escarpado no vazio

Destino... Há?

SENHOR – Roberto Pompeo - 2012

Oh, Senhor,
Se é isto o amor
Imploro que o retire
Para todo sempre
Do meu coração.

Oh, Senhor,
Se de lágrimas
É feito o meu querer
Que em deserto
Se tornem os meus olhos.

Oh, Senhor,
Se a loucura
Assola o meu juízo
Que eu me perca, insano,
Nas brumas do inconsciente.

Oh, Senhor,
Se nada me resta
Além do sofrimento imenso
E da amargura

Que eu me afaste para bem longe de mim mesmo.

AMOR – revisitado por Roberto Pompeo


Uma foto mais antiga que o encontro
em que os dois estavam juntos, sem saber,
num lugar distante no mundo.

Um café tímido, quase sem jeito,
em que os dois se tocam ligeiramente, talvez involuntariamente,
as mãos sobre a mesa.

Uma identidade de almas
inexplicável quase pelas razões do corpo,
um beijo em pensamento,
um olhar cheio de expectativas
que não supõe os lugares, as paisagens, os cheiros, que virão.
Uma taça de vinho,
uma dança excêntrica,
um sorriso de menina.

Um abrir de olhos.
Encontros, desencontros,
Um caminho longo, difícil.
Um sorriso cúmplice,
um beijo de crianças,
mãos que tocam voluntariamente os cabelos grisalhos,
um olhar cheio de memórias de lugares, paisagens, cheiros.
Um fechar de olhos tímido.

Um amor de almas mais antigo do que o mundo.
Talvez demasiado grande
para os pobres corpos que o tentam viver agora...

Retiro - por Roberto Pompeo - 25/02/2012


É tempo de recolher as armas.
Não é uma desistência, muito menos uma deserção, 
mas um cavaleiro tem que saber o momento de parar.
Não morreu a honra, muito menos o amor. Não se trata disso.
Mas é necessário saber quando parar. 
Foi uma campanha longa, dura. 
Muitas injustiças, nossas e alheias. 
Muitos erros, nossos e alheios.
Quem esperava perfeição, 
quem buscou nas falhas, grandes ou pequenas, os motivos, certamente os encontrou.
Muitas feridas ainda estão abertas, muitas são cicatrizes. 
Todos sabemos que nem todas as batalhas podem ser vencidas, 
mas ainda assim o pesar é grande quando a derrota chega.
O pesar não é pela derrota em si, 
mas pela terrível sensação de que não fizemos todo o possível, 
de que não tivemos o necessário denodo, 
o necessário carinho, 
a necessária confiança, 
de que poderíamos ter feito mais, 
ter lutado com mais afinco, 
ter cerrado mais as fileiras, 
ter protegido mais aqueles que estavam do nosso lado.
Não é uma lamentação. Não é mais tempo de arrependimentos. 
É tempo de recolher as armas.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

CRÔNICAS FACEBOOKIANAS TRISTEZA E BELEZA – por Roberto Pompeo – 23/02/2012 – Curitiba


Postei no meu facebook uma música de Tom Jobim intitulada “Felicidade” mas que fala de tristeza e um texto de minha autoria que não sei exatamente de que fala mas é realmente muito triste.
Os comentários vieram e dois me chamaram a atenção. Um dizendo que aquele texto é muito triste para época de Carnaval. E outro dizendo que a palavra “tristeza” tem aparecido muito no meu perfil.
É bom dizer que nem sempre o que escrevemos ou postamos reflete nosso estado de espírito, mas ao reler o texto e "reouvir" a música, pensando em retirá-los da publicação, percebi que ambos são muito belos, apesar de tristes.
E percebi o quanto a tristeza também pode ser, e é, importante para o ser humano, pois ela é capaz de inspirar uma beleza profunda, dolorida, que atinge o âmago, a alma das pessoas. Quantas obras de arte, de todas as naturezas, não foram inspiradas pela dor causada pela tristeza no coração dos artistas, músicos, escritores, pintores, escultores, fotógrafos, dentre outros!
A tristeza leva o ser humano a se mover, a buscar, a transcender, pois ninguém quer ser triste, todos buscamos a felicidade. A natureza da alma humana, temporariamente enclausurada numa existência terrena, é triste exatamente por essa condição. E por isso se move para o eterno.
O mesmo se passa nesse breve hiato que é a existência. Dentro dela nos movemos para escapar da tristeza e buscar a felicidade, que, na nossa natureza dual, só pode ser compreendida por oposição, isto é, em contraponto com a tristeza. Daí a importância desta.
O grande cuidado que devemos tomar, entretanto, é não torná-la uma condição permanente, uma razão de inércia depressiva, pois neste caso estaríamos a negar seu propósito ultérrimo: mover-nos em direção à felicidade!
Um grande viva à tristeza passageira!
E que ela nos leve, passageiros, à nossa natureza permanente!