A sociedade de hoje nos cobra, um pouco por permissividade
nossa, e muito pela idolatria de falsos ícones, um desempenho assombroso (ou na linguagem
pós-pós-moderna importada, uma performance), quase impossível para a esmagadora maioria dos mortais.
Temos que ser simplesmente excelentes! Não excelentes em
alguma coisa, excelentes em TUDO. Temos
que ser profissionais geniais, maridos e esposas exemplares, expertos em
relacionamentos de todas as naturezas, grandes oradores, ótimos pais, ótimos
filhos, ótimos irmãos, grandes amigos. Além disso, temos que ser lindos,
magrinhos, ricos e felizes.
Já nascemos com algumas dessas cobranças (só muda que como
bebês temos que ser lindos e gordinhos), outras vão-se agregando. É muita
cobrança!
Tiremos um pouco desse peso dos nossos ombros. Sejamos
simplesmente bons. Miremos metas realizáveis. O mundo se servirá bem melhor com
milhares e milhões de seres humanos realizados porque são bons, do que com
milhares e milhões de pessoas frustradas porque alguém lhes disse, mentindo,
que são fracassadas por não serem excelentes.
E os excelentes, bem, que continuem assim e sejam éticos o
suficiente para ajudar mais gente a ser simplesmente boa e se sentir feliz com
isso.